A vacina foi liberada no Brasil recentemente, e a corrida de vacinação começou. Uma vitória da vida e da saúde publica!! A vacinação começou para os grupos prioritários: pessoal da saúde, e grupos de risco. No Brasil, em 27 de janeiro a Sociedade Brasileira de pediatria atraves do departamento científico de imunizações se pronunciou num documento de atualização sobre COVID 19 e vacinação, nele orienta: “Puérperas e lactantes pertencentes aos grupos prioritários devem ser vacinadas normalmente com qualquer uma das vacinas.”
Em outros países onde o processo de vacinação foram iniciados ainda em dezembro, também foram feitas considerações para as mulheres que fazem parte do grupos com prioridade de imunização que possam estar amamentando. A vacina é considerada de risco muito baixo, segura, compatível com a lactância com risco mínimo para a lactancia e o lactante. Veja a seguir:
Os tipos de vacina contra a COVID-19 desenvolvidos podem ser divididos em dois grupos: Por um lado, estão as vacinas de ácido ribonucleico mensageiro (ARNm) que contém o ARNm do coronavírus n-19, que induce às células musculares do local da injeção fabricar uma das proteínas da superfície do coronavírus n-19 fazendo que o sistema imune desenvolva anticorpos contra a COVID-19. Por outro lado, temos as vacinas de vetores virais, que contém um adenovirus no patógeno para o ser humano modificado com material genético do coronavírus 2019-nCoV que faz com que o sistema inmune reaja.

Ainda não existem dados publicado sobre a sua excreção no leite materno, nem sobre seus efeitos sobre a lactação e os bebês amamentados. As mães lactantes tem sido excluídas de todos os ensaios realizados. Porém, é altamente improvável que os componentes das vacinas contra COVID 19 possam ser excretados pelo leite materno, e em qualquer caso seriam digeridos no intestino do bebê.
Nenhuma das vacinas contém o vírus ativo nem conservantes, não podem provocar a COVID 19 em pessoas vacinadas nem alterar seu material genético. Assim, se a doença em si, COVID-19, é compatível com a lactância, parece razoável pensar que sua vacina, que nem contém o vírus ativo, também será. Com exceção das vacinas de vírus atenuados, como as da febre amarela e a varíola, que podem causar problemas nos lactantes, todas as vacinas podem administrar se às mães que amamentam.

Da mesma forma que a vacinação contra outros vírus, as mães vacinadas contra COVID 19 poderiam excretar anticorpos gerados pela vacina em forma de IgA, lo que protegeria da COVID-19 aos seus bebês também.
As mães que amamentam, não fazem parte do grupo prioritário para vacinação em nenhum país até momento, a menos que pertençam a um grupo de risco: trabalhadoras da saúde, cuidadoras de idosos em lares permanentes ou tenham comorbidade crônica de risco para COVID 19.
É importante ressaltar que a vacina contra COVID 19 não deve impedir iniciar a amamentação nem obriga sua interrupção.
Referências
Vacuna contra la COVID-19. En e-lactancia.org. A partir de http://e-lactancia.org/breastfeeding/covid-19-vaccine/product/ Atualização: Nível de risco rebaixado em 29 de janeiro de 2021
Infant Risk Center. COVID-19 Vaccine in Pregnancy and Breastfeeding. InfantRisk 2020/12/18 – acesso 20/01/2021
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Texto traduzido e adaptado por Zioneth Garcia
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