7 dicas para facilitar a adaptação à escolinha

Definida a escola ou berçário, precisamos planejar na adaptação da criança a esse novo ambiente e rotina. O  objetivo da adaptação é ajudar a criança se familiarizar com o local e as novas pessoas que cuidarão dela, de forma gradual, permitindo a apropriação dos espaços e a confiança, que em últimas ajudará na formação de novos vínculos afetivos.  

O período de adaptação pode levar 2- 4  semanas. O mais importante é se sentir segura e confiar nos cuidados que receberá na escolinha, isso permitirá que a criança também confie e facilitará a adaptação. 

Estar segura da sua escolha da creche, berçário ou escolinha é o primeiro passo. Mesmo que você não esteja totalmente satisfeita com a decisão, é importante transmitir segurança nesse processo. Tenha em mente quais são os pontos fortes e fracos da nossa escolha é essencial. (veja dicas para acertar escolha a escolinha ou berçário)

Uma boa conversa com as cuidadoras e responsáveis da escola, antes de iniciar o processo é muito importante. A seguir algumas dicas para facilitar esse período. 

Imagem canva.com – assinatura Zioneth Garcia

7 dicas para facilitar a adaptação à escolinha

1- Conversar constantemente, avisando o que vai acontecer e o que podem esperar no novo espaço. Crianças maiores de 8 meses, já prestam atenção ao que você fala, apresentem o local de forma positiva.  Pode usar as visitas para assinar a papelada, para falar de forma emocionante sobre aquele espaço. “Olha que legal! quantos brinquedos diferentes” , “seria muito bom ter tempo de brincar aqui”. A sua atitude e expressão facial transmitem mensagens poderosas para a criança, a intenção é que a criança veja aquele local como algo positivo, se você mostrar pesar, preocupação ou tristeza, a criança pode entender que aquele é um lugar ruim. 

2 – Planeje a adaptação antes da sua volta ao trabalho, assim poderá aumentar gradativamente o tempo que ficarão sem você. Inicialmente serão por períodos de segundos ou minutos com você no campo visual ou auditivo, aquela visita básica para finalizar os detalhes já ajuda. Esses períodos irão aumentando gradualmente até chegar ao total da sua jornada de trabalho. Primeiro será só brincar, depois, brincar e comer, e só por último brincar, comer e dormir (caso necessário). Prefira deixar a criança com o desejo de voltar! Mesmo que ela pedir para ficar mais um pouco, negocie para ir embora, com a promessa de voltar ao dia seguinte 

Imagem canva.com – assinatura Zioneth Garcia

3- Desde o primeiro dia, ao deixar a criança na creche evite a transferência de colo, faça despedidas rápidas, NUNCA saia de fininho. Se já caminha, a entregue a criança andando, se ainda não anda nem com apoio, entregue no carrinho ou bebê conforto. Apresente algum objeto ou espaço que chame sua atenção, se houver choro será mais fácil para a futura cuidadora consolar a criança pegando-a do chão ou carrinho, do que tentar consolar após ter sido retirada do colo da mãe.  É melhor dar Tchau rapidamente, e permitir que a cuidadora tente acalmar, e caso necessário você poderá voltar em poucos minutos, enfatizando que voltou, lhe acalmando, brincando um pouco para então tentar novamente. Tentar consolar a criança que está no colo de outra pessoa vai ser muito difícil e estressante para todos os envolvidos.  È importante estabelecer previamente com a escola como será a abordagem e a resposta no caso de ter choro. Praticar esperas curtas em casa, saindo dos ambientes dando tchau, e enfatizando sempre que volta, aumentando gradativamente o tempo de espera, desde segundo até vários minutos, ajudará atenuar a ansiedade das despedidas. 

4- Usem conversas, historinhas e brincadeiras para ajudar a criança entender a dinâmica da escola. Especialmente com crianças maiores de uma ano, mostrar o que acontece dentro da escola através da brincadeira é uma ferramenta para ganhar segurança. Mostrar o álbum de fotos da sua infância, com as fotos de escola, contar histórias positivas da escola, de primos, amigos e familiares , incluindo os pais, também ajuda naturalizar o processo. Acolham os sentimentos através da história, mostrando que o medo, a insegurança e mesmo a timidez são normais e passageiros. 

5- Permita que tenha um ou vários objetos de transição, que possam ir e vir com a criança pelo menos nas primeiras semanas na escola.  Para bebês, esse objeto pode ser uma naninha que pode trazer o ar familiar no espaço onde a criança irá dormir. Para crianças maiores de um ano, o objeto de transição pode atuar como acompanhante. Dê nome e vivências ao objeto de transição, para que este seja um novo amiguinho da criança e lhe confira a sensação de companhia e segurança na hora de ficar escola. Será o amiguinho que passará pelo mesmo processo junto, auxiliando também na elaboração de emoções e experiências do dia, quando estiver em casa. Use o objeto como o reflexo das emoções e sensações que você acredita que a seu filho(a) pode ter enfrentado no dia, a comunicação com as cuidadoras é essencial. “O Ursinho Teddy me contou que ficou com medo na hora de ir no escorrega, que as crianças não te deixaram ir quando queria porque estavam em fila cada uma na sua vez, mas que a Tia viu e lhe explicou que precisava esperar a sua vez e o ajudou subir no escorrega ficou feliz” . 

6- Finais de semana tente manter a rotina de refeições, intensidade das atividades e sonecas que tem durante os dias de escola. Dessa forma ajudará retomar o processo de adaptação mais facilmente na semana seguinte. Aproveite o final de semana para estabilizar o emocional de todos em casa.

7- Se o processo de adaptação está complicado para a mãe e o bebê, o pai ou outra pessoa que esteja junto da dupla pode ajudar assumindo a labor de deixar na escola. Depois da primeira semana, é interessante testar outra pessoa entregando ele na escola, sendo a mãe a pegar no final da jornada. 

Durante todo o processo de adaptação, lembre que as crianças são muito perceptivas e estão sempre atentas às mensagens do ambiente, não apenas as conversas, mas nossa expressão facial, postura corporal, atitudes e comportamentos. Por isso, estar bem resolvidos frente a decisão de deixar na creche, a escolha de instituição, e o planejamento dessa adaptação vai lhe permitir ter e transmitir segurança para a criança. Veja quatro argumentos para ficar tranquila com a decisão de colocar as crianças na creche

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Texto original de Zioneth Garcia

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