Eu acredito de todo coração que não existe bebê/criança com problema, acredito que o que ocorre é que a criança manifesta através de comportamentos “inadequados” que não está recebendo dos pais aquilo de que necessita.
Pois bem, a teoria é linda até que chega a nossa hora de enxergar as nossas próprias deficiências como cuidadores.
Depois de meses vivendo em uma rotina bem estabelecida, Daniel começou a ter dificuldade para pegar no sono. A coisa começou a ficar caótica, era nítido que ele estava exausto, mas nada do que tentávamos funcionava.
Passamos 1 mês nessa loucura até que finalmente admitimos que estávamos fazendo algo errado e decidimos contratar uma consultora de sono. No entanto, lá no fundinho, o ego queria nos convencer de que estávamos fazendo tudo bem certinho e que o problema era o bebê. A verdade é que no fundo queríamos ouvir isso da consultora.
Aprendemos várias técnicas que fazem muito sentido e que não tínhamos pensado em aplicar. Coisas simples, mas que fazem toda a diferença.
Além dessas técnicas, ela propôs várias mudanças, que sabíamos a tempos que deveríamos fazer, mas que estávamos enrolando porque vai dar um trabalho danado implementa-las.
Aplicamos algumas mudanças hoje mesmo, a mais relevante foi colocar o colchão dele (aquele que compramos e ele nunca usou na vida) no nosso quarto. Ele simplesmente ADOROU, arrumou junto conosco a caminha dele e fez a maior festa. Para o nosso espanto, ele dormiu em 30min, com o pai ninando (nunca tinha conseguido) e está lá dormindo SOZINHO na CAMA DELE.
Provavelmente ainda teremos que fazer muitos ajustes, mas a verdade é que a consultoria foi uma tapa na cara, um lembrete pratico para o ego de que bebês são perfeitos e que a culpa é SEMPRE dos pais.
Quando a gente aprende a prestar atenção aos sinais que eles dão e temos a humildade de reconhecer nossas limitações, surgem oportunidades maravilhosas de autodesenvolvimento.
Obrigada Zioneth Garcia!
*Observação importante: a consultoria se baseia em métodos cientificamente aprovados e NÃO usa técnicas cruéis como deixar chorar, abandono, chantagem emocional ou punições