Você já escutou falar da exterogestação? Nesse texto a Thaiane Caetano nos conta mais sobre como é aplicada essa técnica.
Na tentativa de auxiliar jovens pais a passarem com mais tranquilidade nestes primeiros 3 meses, Harvey Karp difundiu algumas técnicas que auxiliam o bebê a se acalmar. A técnica é descrita em 5 passos:
Passo 1- Embrulho
Envolver o bebê com um tecido macio, de forma que não mexam os braços, fazendo um casulinho, o velho embulho da vovó. Eles se acalmam pois se sentem totalmente envolvidos o que oferece uma lembrança uterina e retira a amplitude espacial.
Passo 2 – Posição de lado
Se o bebê nao se acalmar somente com o embrulho, pode-se coloca-lo de lado, o mais próximo da posição fetal
Passo 3- SSShhhhhhhhh
Fazer aquele instintivo shhhhhhh. Colocar sua boa cerca de 20 cm do ouvido do bebê e fazer o Shhhhhh na altura de seu choro.
Para o bebê esta é uma imitação dos ruídos que o acompanharam por 9 meses no ventre. Muito se engana quem acredita que o bebê gosta de silencio, por 9 meses na barriga nem por um segundo se fez silencio. Pode-se utilizar secador de cabelo, aspirador de pó, televisao fora do ar, barulho de agua corrente, barulho da maquina de lavar.
Passo 4 – Balanço
Sua mãe caminhava, sentava, deitava, o embalo acalma o bebê. Então você pode pegar seu bebê no colo, ou coloca-lo em um sling e dançar, caminhar, deitar na rede, passear de carro. Oferecer a sensação relaxante de ser embalado num colo em movimento.
Passo 5- Sucção
O ato de sugar libera hormonios anti-estress e auxilia o bebê a dormir além de ser uma atividade prazerosa. Colocar o bebê ao seio materno é uma maneira rapida e efetiva de acalmar o bebê.
Estas técnicas devem ser seguidas passo a passo, e podem ser realizadas por qualquer pessoa. Para ter melhores efeitos é bom que a pessoa que aplique as técnicas esteja calma, para transmitir esta tranquilidade para o bebê também.
Fórmula milagrosa para ter um bebê “anjo” não existe, até mesmo porque a seleção natural aperfeiçoou nossos bebês a não serem tão bonzinhos assim, para nao nos descuidarmos dele, para não nos ausentarmos e deixa-los desprotegidos. O cansaço é verdadeiro e por muitas vezes limitante, mas a boa noticia é que ele é passageiro. Com o tempo nossas lembranças mais doces ficarão nas coisas boas, nos bons momentos, nas sensações, no cheiro, nos sorrisos, o cansaço passa como uma vaga lembrança borrada, pois ele é muito pequeno perto da saudade da alegria de se ter uma criança em casa.
“Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos… Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade.” (Carlos Gonzalez)
Texto de Thaiane Guerra Caetano , escrito originalmente para Geração Mãe.
Thaiane S. Guerra Caetano
Mãe do Nico e do Henrique
Enfermeira Obstetra atuante no Instituto Geração Mãe
Pós graduanda em Medicina Tradicional Chinesa
Especialista em Urgência Emergência e Terapia Intensiva
Formada em Hipnose Clínica
Consultora em Aleitamento Materno e Babywearing.
Atendimento Instituto Geração Mae: Av. California, 678 – Ribeirão Preto / SP. Tel: (16) 3236-7655
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